Fugi de mim mesmo
E tranquei a porta
Pra esperança morta
Não me acompanhar.
Andei pelas ruas
Pelas avenidas
E uma nova vida
Pus-me a procurar.
Ouvi gargalhadas
Cheias de alegria
Pensei ser meu dia
E resolvi entrar.
Quando adentrei-me
Foi grande a surpresa
Por ver a tristeza
O amor brindar.
Homens que apostavam
Na vitória antes
__ vi sonhos errantes __
na mesa de um bar.
Vi até a saudade
Buscando a saída,
Por ser esquecida
E não ter mais lar.
Copos refletindo
Olhares no infinito,
Vestidos de Icaros
Para voar.
Nas asas do tempo
Levando um anzol,
Pra pescar o sol
E a cera, ficar.
Brindando a ilusão
De escalar a vida,
Como se a subida
Pudesse esperar:
A velha esperança
Dos peitos vazios,
Que como os rios
Não sabe voltar.
Mari Cler.
24-11-07
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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