Todas as expectativas se cumpriram
Quando empreendemos o nosso vôo.
Abraçados ao sonho,
Embarcados na esperança,
Rumo ao infinito.
Corpos ansiosos
Sonhos ardentes
Cúmplices do desejo
Na busca de novas descobertas.
Voamos até as nuvens
__ algodão doce dos anjos __
E untamos com essência
De sonho e de esperança
O arco-íres do sol
__ para quem sabe um dia
saciar junto à chuva
algum coração árido
com sede de amor.
Abençoados pela “graça”
Guardamos um raio de sol
__ para aquecer o coração do que ficasse
quando o outro cumprisse os dias.
Transpondo barreiras
Na viagem da paixão
Vimos o ápice do sonho
No nectário dos deuses
E colhemos seu licor;
Destilado na seiva
Do mais puro doce
Em favos de mel.
Nossa nave vestida de vento
Conseguiu pousar na lua
E nosso vôo
Ultrapassando os limites da consciência
Tornou-se ainda mais real.
Éramos dois astronautas
Entre sonhos e desejos
__ que flutuavam a nossa espera
como plumas soltas ao vento __
Para serem desvendados.
Era uma grande festa
E em meio aos convidados
__ todos vestidos de amor __
Havia também as fadas
Colhendo novas estrelas
Que encantavam, uma a uma
Na varinha de condão
Para distribuir na terra
Sonhando acalmar a fera
Viva,em cada coração.
Inebriados de alegria
Em meio à constelação
Que enfeitava o firmamento
Brincamos de esconde-esconde
__ ofuscados pela luz __
E o brilho do teu olhar
Se escondeu não sei aonde
Levando consigo o sonho
Da nossa nave de vento.
Quando nos reencontramos
Vi o brilho dos olhos meus
No brilho dos olhos teus
Formar a estrela mais linda
Maior presente da vida
O sonho “você e eu”
Nome: Marins Sinuhê
Foi o amor que escreveu.
Em meio a um clima instável
No furor das tempestades
Era comum sentir medo
Entre raios e trovões
E até a fúria do vento
As nossas mãos se buscavam
Mesmo que fosse em segredo
E então vinha a bonança
__ o renascer da esperança.
Até, certa vez presenteou-me
Com algumas gotas de chuva
E disse ser um presente
Pra não chorar a partida
Quando o mágico da vida
Desenhasse em nossa porta
Uma passagem de ida
Sem o caminho da volta.
Mesmo o melhor marujo
Pode um dia naufragar
E a vida é um mar
De inúmeras tempestades.
Foi num começo de tarde
Mais uma no mês de abril
Tinha sol, mas senti frio
Por ver rolarem ao chão
Sonhos bordados à mão
Como algo sem importância.
E por crime de esperança
Um amor sendo julgado
Sem nenhum advogado
Que defendesse o réu
Mas nós dois sempre soubemos
Que o grande amor que vivemos
Era pra enfeitar o céu
__ sustentáculo do homem
caminho da esperança
morada da felicidade
essência pura da matéria
que constitui o amor.
Mari Cler.
31-10-07
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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Um comentário:
Amei essa poesia...na realidade todas são maravilhosas!!!
Parabéns!
Muito sucesso pra ti...=D
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