quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

UMA METÁFORA

Coração aceso a buscar nos versos,
O corpo crispado a pedir, por favor...
Pra satisfazer, fazer mais um poema,
superabundanteMENTE de amor.

Será que não passa de aprendizado,
Todos estes versos que tento escrever?
Ou é o tempero que a poucos agrada,
Demasiado comum, aos que gostam de ler.

Quem sabe escrevesse algo mais alegre,
Se usasse metáforas para dizer.
Que hoje vi um pobre bem agasalhado,
E que um mendigo tinha o que comer.

Se ainda escrevo é porque existo,
Sonhar ainda é minha filosofia.
Verdade inegável, por isso insisto...
Temperando a vida com a poesia.

Poderia até ter os olhos azuis,
Quem sabe ser negra pra modificar.
Mas sou amarela _ mistura de raças,
De um povo cansado de acreditar.

Quem sabe escrevesse algo inovador,
Que êxtases visões; causasse a qualquer um.
Mas falo misérias _ das raças a dor.
Para ser eu mesma: um cara comum.

Mari Cler.
24-06-01

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