domingo, 18 de dezembro de 2011

UM TANGO COM PONTUAÇÃO !!!

A vida é um lindo tango,
De beleza desmedida.
Cada passo é um novo invento,
Para enfeitar a vida.
O ritmo cadencia,
Batidas do coração.
É a extensa sinfonia,
Junto ao bailar da paixão.
É o corpo que se entrega,
Ao prazer de cada passo.
É o gemer da melodia,
Brincando em meio ao abraço.
É entrega de momento,
Do perfeito sacramento,
Em meio à melodia.
É sempre um novo invento,
Da vida em meio à dança;
Para lembrar cada passo,
Que aprendemos na infância.
Só existe diferença,
No modo de amparar.
Cada passo da criança,
Quando amparamos na dança;
É uma amostra da esperança,
Para o amor conquistar.
Mas o tango é um arremate,
Que aparece depois;
Do corpo em meio à linguagem,
Com alguma pontuação,
Que não existe igual.
Se for paixão reticências(...)
Mas se for um grande amor:
No coração tem sabor,
Sempre de Ponto Final(.)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

DORME POETA

DORME POETA, SE NÃO O BICHO VEM
NÃO INVENTE SONHOS, QUE HOJE AMOR TEM.
A DOR É NORMAL, NÃO TEM NADA IGUAL.
CALA-TE POETA E SOFRE TAMBÉM!

Poeta querido cala-te como eu.
Segue meu modelo triste.
Mas não chora nem reclama.
Nem confessa esse amor,
Que tão bem conheces.
Para de expor os meus sentimentos;
Mesmo que sofras, fica quieto.
Não adianta ficar mexendo,
E remexendo nessa paixão;
Aqui... Gemendo dentro de mim.
Somente exalte o coração.
Outro poeta, tão brincalhão,
Que só reclama da solidão.
Viestes junto ao sonho mais lindo,
Para mudar todo o meu destino,
Fazendo tudo tão divertido.
Você que até brinca de Cupido,
E atrevido faz meu sorriso!
Abraça agora, caro poeta,
O amor que vive dentro de mim.
Sinta comigo toda essa dor,
Mas, não me fale em mal de amor.
Você que inventa mil travessuras,
E até me faz cometer loucuras,
Acreditando que o amor é meu.
Depois espia só quem sofreu,
Sentindo o peito gemer calado.
Como se fosse um grande pecado,
Essa distância, onde o amor morreu;
Sem nem lembrar de dizer adeus.
Af... Poeta! Fique calado.

Cler Ruwer

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

UMA FLORISTA

Vivi tentativas frustrantes, no encontro do amor
Através do sonho desenhado, no colorido de cada rosto
Meu olhar cigano perdeu-se na busca, além da leitura
Das mãos estendidas, como antiga prece de um vil curador
Em cada luz artificial, doar enfeites, em nova ilusão de ótica
Da indiferença à necessidade, doar carinho, em forma de flor
Para que nesta busca incessante, de uma migalha, ou um instante,
Que traga amor, ou tenha amor, maior do que antes
Prossigo assim, colhendo flores, sentindo espinhos
Simples florista ou jardineiro de alguns caminhos
Se precisar secar o orvalho, serei pequeno raio de sol
Se precisar molhar sementes, posso ser chuva em caracol
Quem sabe lua, ou mesmo estrelas para enfeitar com luz e paz
Ou talvez gotas de cachoeira molhando o sonho que se refaz
Quero ser sempre humilde florista, que vê brilhando em cada flor
Nova esperança, nova conquista, ou a lembrança de um grande amor.

Cler Ruwer

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

POÇÃO DE AMOR

Você marcou com teu olhar,
Quando atiçou meu coração.
Para o desejo mais fiel.
Paixão real, onde encontrei,
Poção do amor e naveguei;
No gosto doce do teu mel.

Minguante, cresça nova, ou cheia.
Seja em qual fase a lua for.
Quero flechar teu coração,
Feito um cupido caçador.
A espalhar Poção de amor,
Em cada nota da canção.

A mágica não diminui.
O brilho, o sonho distribui,
Na nova forma de compor.
Qual Astronauta sonhador...
Que guarda o sabor do luar,
Para doar Poção de amor.

O CÉU É O LIMITE

Quer brincar com as estrelas querido?
Então voe entre elas... E reconstitua a vida...
Invente em cada uma, nova forma de alegria!
E se sobrarem algumas, queira enviar-me algum dia.
Que tal irmos passear e brincar de Amarelinha?
Entre luzes e estrelas, deve haver uma só minha.
Preciso de uma estrela, imagine para quê?
Para dá-la de presente e ver brilhando em você.
Os dois brilhos misturados poderei admirar.
Com chances de definir, qual brilho é do teu olhar.
Esconderei teu amor, junto à luz do luar.
Onde eu, somente eu, te poderei encontrar.
Quem sabe em meio ao cosmos, possa haver um guardião.
Que veja o nosso segredo, e esconda o teu coração.
Mas sempre demonstrará, a quem quer que possa vê-lo.
Que um dia já foi Rei, mesmo viajando ao léu.
E trouxe como presente, brilho de estrelas do céu.
Mas se buscar um abraço, para qualquer estação.
Eu também trouxe do espaço, um, bordado de emoção.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VOCÊ TEM O MEU ABRAÇO

Ah... Pobre coração!
Que posso eu fazer por você?
Reclama a falta, parece bobo...
Sabe que isso só faz sofrer.
E eu te abraço te dou carinho.
Até partilho a tua dor.
Mas o que posso fazer por ti,
Se o teu problema, é mal de amor?
Sinto você todo machucado,
Mas não conheço nenhum remédio.
Quando buscastes adrenalina,
Sabias que se a emoção termina.
Melhor seria, viver no tédio.
E outra vez, ficamos nós dois.
Tristes, sozinhos e abandonados;
Vivendo o que não teve depois.
Junto à saudade – flor do passado.
Mas coração, fique sossegado...
Somos parceiros nessa Avenida
E com certeza no fim da vida
O nosso abraço de despedida
Mesmo ao pó, levarás marcado.

domingo, 30 de janeiro de 2011

ABANDONO calado

Abandona-me aqui, só mais uma vez.
Uma madrugada talvez diferente.
Com saudade e falta, que nunca senti.
E essa presença que nunca esperei,
Quando existia aqui dentro de mim.
Sempre tão calado, como solidão.
Não dizia nada, nem fazia falta.
Mas sempre ali, como imaginei.
Não tinha imagem, só era um abrigo.
Curtia, sonhava, e sorria comigo.
Se acaso chorasse, ou se precisasse,
Tinha um grande amigo.
Até quando vi você fora de mim.
E pude sentir o gosto do vazio.
Gosto da saudade, que nunca tivera.
Vi-te bater asas, começar voar.
Qual pássaro livre, junto a primavera.
Nem foi necessário, pensar em adeus.
Dois braços cansados, colados ao corpo
Dois lábios calados, para perguntar.
Se talvez teu corpo, numa noite fria.
Viria ao meu corpo, se aconchegar.
Quem sabe você fosse só fantasia.
Quem sabe um amor, que nem existia.
Ou doce ilusão, que o meu coração,
Sem nenhum motivo, ou qualquer razão;
Fazendo canção, tentou inventar

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SÓ EU QUE CHOREI

SÓ EU QUE CHOREI

Não tenho mais nada.
Só minhas mãos vazias,
Para dizer-te adeus.
Se ainda tenho lágrimas,
É sinal que valeu.
A esperança desfeita,
Que nem concretizou.
Teu corpo desejado,
Como o melhor doce.
Arranquei as amarras,
Do sonho que inventei.
A dor para arrancá-las,
Fui só eu que chorei.
Falei-te tantas vezes,
Mas sei, agi errado.
Quando disse me esqueça,
Abraçada ao passado.
Foram alguns momentos,
Sei lá, se bons ou maus.
Que já estão guardados,
Junto aos meus pensamentos.
Escondeu-me o teu rosto,
Tentei ver, mas não deu.
Meus olhos embaçados,
Marcados pelo adeus...
Imagine a bobagem,
Qual coisa de criança...
Pensar que eu gostava,
De tanta insegurança.
Ou eu que criei versos,
De amor a vida inteira.
Depois dele maduro,
Inventar brincadeiras.
Só inventei dos teus lábios,
Aquele beijo louco.
Para um apaixonado,
Dizer que ama o outro.
Era sonho e brincava,
Junto aos teus cabelos.
E em cada carreirinha,
Inventei um desvelo.
O que fiz com teu corpo,
É censura falar
Eu não devo expor;
Pois fazendo amor...
Quem irá precisar?
Cler Ruwer
22-01-11

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

UMA JANELA PARA O AMOR

Abristes uma fresta,
Na janela da tua existência.
Para eu entrar na tua vida,
Quando fosse visitá-lo;
Com o meu coração faminto,
Em busca do teu abraço.
Não aceitei...
Por ainda não ter aprendido,
Amar atrás das cortinas.
Sem ensaio, deixo o amor,
Entrar pela porta da frente:
E, mesmo nos sonhos,
Atuar de forma sempre intensa,
E definitiva.
Cler Ruwer
29-01-10

VOCÊ EM MIM

Ah... Meu amor, outra vez já é madrugada!
Sinto o teu doce escorregando sobre mim.
Doce de beijo, no calor da tua pele.
Como uma folha em meio aos pés de alecrim.
Que se espalha e mistura o seu perfume,
Onde nem mesmo o beija-flor com o seu lume;
Vai definir cada fragrância no jardim.

Teu corpo quente que me aquece e me aconchega,
Enquanto brinca, a me esconder do frio.
Entre as cobertas, os lençóis e os travesseiros;
Já nem sei mais, qual a causa dos arrepios.
Se é no sereno, lembro a tua companhia.
Se é na paixão, eu te espero todo-dia.
Se é de amor, a partida nunca existiu.

Enquanto espero vou sentindo em minha boca.
Como promessa, o gosto do teu sabor.
E a certeza do teu cheiro em minha roupa,
Faz-me ouvir, como a doce voz de um cantor.
Ou um poeta, que se fez um sonhador.
Qual seresteiro que ficou com a voz rouca,
Para lembrar... Você me falando de amor.

quinta-feira, 12 de março de 2009

ANJO

De onde veio Você???
Na maioria das vezes,
Ouço te chamarem, Anjo.
Então quis te conhecer.
Pois anjo é coisa tão rara;
Que já estou acostumada,
Há ver muita gente amarga.
Que em lugar de bater asas.
Brincam de fazer sofrer.
E que em lugar de sonhos.
Fazem a vida sofrer.
Então diga por favor:
Você que fala de amor...
De onde veio Você?
Que traz sonhos coloridos;
Que navega no prazer.
Que a tudo dá sentido;
Tem sempre a oferecer.
Das mais variadas flores,
Sempre oferece um buquê.
Mas elas se evaporam,
Só a solidão fica fria...
Pois sabe esperar você.
E a alma fica vazia...
Sempre esperando o porvir.
Da saudade que sorrindo,
Sempre te sente bem vindo.
Para ajudar-nos sorrir.
Só fico temendo o dia:
Que um anjo de mãos vazias,
Possa a saudade levar.
Então ficarei sozinha...
Pois a saudade que eu tinha:
Não vai deixá-lo voltar.

Cler Ruwer.
12-03-09

quarta-feira, 11 de março de 2009

OLÁ !!!

Quando a mente vai passear,
Na noite clara à luz do luar.
Banha o corpo e a pele nua.
Como se a mágica fosse tua;
Quando aprendi o gosto de amar.

Cada pequeno ou simples Olá!!!
Vai ensinando a passear.
Uma estrela é um sorriso.
E a paz que existe no paraíso;
É imaginada, em pleno olhar.

Mas quando volta sente uma dor...
E diz que isso não é amor.
Porque não pode acabar assim...
Algo que sem começo nem fim;
Sente o perfume, sem ter a flor.

Cler Ruwer.
12-03-09

domingo, 11 de janeiro de 2009

A METADE QUE NÃO COMPLETA.

Que vontade de te dar um abraço.
Aquele abraço apertado, de se entregar.
Aquele abraço puro, sem malícia.
Simplesmente doando o colo que você precisa.
Doando o afago para acalmar teu sorriso.
Doando-lhe o toque,que faz adivinhar em meus olhos:
Todo o bem que te desejo.

Queria dar um abraço, no teu corpo desconfiado.
Com meu ombro oferecido, para você descansar:
Das lutas, decepções, histórias mal resolvidas.
Simplesmente ser a proa, de um barco em porto seguro.
Que nas linhas do futuro, conseguiu se ancorar.
As minhas mãos estendidas, ofertadas como um leme:
__ envolto de desejos, na busca do ideal.
Pois o abraço de um amigo acalma, a fúria do mal.

Queria dar-te um abraço, que não te custasse nada.
Mas demonstrasse, quanto você é especial.
Que te incentivasse, fortalecendo a esperança;
Como quando se recebe, o abraço da criança.
Metade que não completa, mas não existe igual.

Cler Ruwer

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

UMA METÁFORA

Coração aceso a buscar nos versos,
O corpo crispado a pedir, por favor...
Pra satisfazer, fazer mais um poema,
superabundanteMENTE de amor.

Será que não passa de aprendizado,
Todos estes versos que tento escrever?
Ou é o tempero que a poucos agrada,
Demasiado comum, aos que gostam de ler.

Quem sabe escrevesse algo mais alegre,
Se usasse metáforas para dizer.
Que hoje vi um pobre bem agasalhado,
E que um mendigo tinha o que comer.

Se ainda escrevo é porque existo,
Sonhar ainda é minha filosofia.
Verdade inegável, por isso insisto...
Temperando a vida com a poesia.

Poderia até ter os olhos azuis,
Quem sabe ser negra pra modificar.
Mas sou amarela _ mistura de raças,
De um povo cansado de acreditar.

Quem sabe escrevesse algo inovador,
Que êxtases visões; causasse a qualquer um.
Mas falo misérias _ das raças a dor.
Para ser eu mesma: um cara comum.

Mari Cler.
24-06-01

UMA MULHER

Se encante comigo:
Eu tenho dois olhos,
E tenho um olhar.
Se as lágrimas caem,
Às vezes tristeza,
Outras a alegria,
Vão comemorar.

Se encante comigo:
Tenho duas mãos,
Que tocam e abraçam.
Se os braços caem,
Às vezes cansados,
Ou desamparados...
Sozinhas se enlaçam.

Se encante comigo:
Tenho duas faces.
Que ”rubram”, que coram,
Parece besteira.
Mas ficam vermelhas,
Até as orelhas,
Quando os olhos choram.

Se encante comigo:
Eu tenho uma boca,
Que aprendeu sorrir.
E então distribuo,
A mais pura verdade.
Até a quem não sabe,
Como retribuir.

Se encante comigo:
Tenho um coração,
Pra o que der e vier.
Tenho uma família
Amo e tenho sonhos
Alegre ou tristonhos.
Sou uma mulher.

Se encante comigo:
E meus olhos te brindam,
Quando te abraçam.
Meus braços te tocam,
Num sorriso meu.
Sou mulher do adeus,
E sonhos que passam.

Mari Cler.
13-02-07

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

UM NOME QUALQUER

Meu nome é solidão... Você não sabe?
Vivo sempre as lembranças, dos tempos que vivi.
Um tempo em que eu voava, sempre em liberdade.
Não sei nem explicar, se isso é saudade;
Das coisas que amava, e ao tropeçar perdi.

Meu nome é saudade, talvez você nem saiba.
Já amei e fui amada, já dei e recebi.
Não me pergunte nada, só fique do meu lado;
Aceite essa mania de viver o passado.
Esse é meu ponto fraco, agora admiti.

Pra quê falar meu nome, falar da minha vida?
Não é fita de flores, não é nenhum jardim.
É cheia de empecilhos, é até pedregosa;
Subidas, descidas, estradas sinuosas.
Mas peço não critique, por eu me amar assim.

Com tudo o que eu disse, dá pra inventar um nome:
Não tem importância, se feio ou bonito...
Nem tem importância, se hoje é depois.
Posso continuar, sonhando por nós dois.
Com o sonho de uma vida, escrita no infinito...

Mari Cler.
14-09-03

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O POETA DAS FLORES

Do que uma breve passagem.
A vida nada mais representa,
Por mais que um percurso longo,
Não é preciso ter pressa.
Tanto que o tempo gasto,
Quando se faz necessário...
Na análise de um terreno;
Na decisão de uma estrada;
Na opção de uma esquina;
Já não faz mais diferença.
Às vezes, despreocupados;
Simplesmente caminhamos...
Com trajeto definido,
E o combustível pré-pago.
Assim, indo pela vida;
Visualizei um poeta,
- poeta é homem comum.
Pensei que ele caminhava,
Também pra lugar nenhum.
Que surpresa tive hoje,
Quando pus-me a descansar:
Por ver inúmeras flores,
Cheias de formas e cores,
Para a vida enfeitar.
Foi quando vi o poeta,
Brincando de esconde-esconde,
Com encantos e amores.
Disputava o melhor néctar,
Em meio aos beija flores.
Voavam as borboletas,
E pássaros revoavam.
Fiquei ali muitos dias.
Por descobrir um poeta,
Que das flores colhe néctar,
Para fazer poesias.

Mari Cler.
27-11-08

sábado, 22 de novembro de 2008

MEU VÍCIO

Inventei que um dia, queria te amar,
Pra ter só um caso, nem isso talvez.
Beijei tua boca, molhada e gostosa.
A pele macia, calada e cheirosa.
Foi muito prazer, pra provar numa vez.

Então começamos, repetir a dose.
Cada noite mais, e mais me embriagava.
O meu coração, todo dependente.
Cada vez de você, ficava mais carente.
E o nosso desejo, se multiplicava.

A necessidade, se multiplicando.
A mente confusa, como um furacão.
Como poderia, ser isso o amor.
Se só o teu abraço, me dava calor.
No gélido frio, da pura paixão?

E como na vida, tudo tem um preço,
Você do meu vício, não quis mais saber.
Sem participar, de qualquer sacrifício,
Para eu entender, que o amor não é vício.
E poder deixar, desse vício __ você.

Amar com você, foi a grande conquista.
Teu amor em mim, está impregnado.
Chamá-lo de vício, se te ofender;
Mostra-me o caminho, para te esquecer,
Ou dá-me o remédio para ser curado.


Mari Cler.
18-09-05

AS FACES DO AMOR

Gostoso e complicado,
Tentar falar de amor.
Pra ser bem explicado,
Não há compositor;
Que explique o que é amor,
Que explique o que é paixão?
Se o amor é de verdade,
Ou somente ilusão?
Se é pura fantasia,
Pura fascinação?
Se estiver arrependido,
Se merece perdão?
Se é puro fingimento,
Que pega a sua mão?
Só há uma certeza,
O endereço então.
Porque todo o amor,
Mora no coração.
.
Mari Cler.
05-09-0

MOTIVO

Você não geme e não chora..
Dança inclinado para a vida,
Num ritmo e compasso,
Que lhe é peculiar.
Inspirador das mais lindas canções,
E dos mais valiosos manifestos de amor.
Senhor da serenidade nas doutrinas,
Responsável pela serenidade e pela dor.
Motivo de existência para a razão.
É...
Mas sem ela não saberiam __ dos teus
feitos e proesas, CORAÇÃO.

Mari Cler.
16-11-00

Meu nome é MARIA

Que lindo nome é MARIA,
Cinco letrinhas se abraçam.
Numa linguagem tão rica,
Minha vida elas enlaçam.

Dão sentido aos meus passos,
Numa linda melodia.
Quando ouço meus amigos,
Dizerem lá vem MARIA.

O pintor em sua tela,
Desenha lindas imagens.
E o autor da poesia,
Faz tela com a linguagem.

A mais Santa das mulheres,
Deixou sua história escrita.
Com o nome de MARIA,
Eternamente bendita.

Agradeço ao pai do céu,
Por ter um nome assim.
MARIA, nome tão simples,
Mas, é o mais lindo, pra mim.
Mari Cler.
Maritê.

CREIA

Se a dor vem, crê... Que logo passa.
É só crer, que o sonho se realiza.
Creia que o amor, então... Se concretiza
A falta de crença atrai a desgraça.

Amar... Sempre foi, crer “à priori”.
Crer... É sentir... O que nunca se sente!
Saber esperar, o que se faz ausente.
É saber viver, sempre a Love Story.

Crer... É acreditar... Na vida radiante,
Da felicidade star logo adiante.
E nunca parar, mesmo quando os tropeços.

Mas se faltar forças, na árdua subida...
Muitos vão te empurrar, pra ajudar na “descida”...
E a crença então, se cumprir pelo avesso.

Mari Cler
20/04/06

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

TOMA CONTA, DE MIM

Percorre o interior da minh ’alma,
Como uma oferenda de carinho.
Não use a razão.
Dispense a lógica...
Situe uma trilha quente,
Que muitos chamam paixão.
Outros dizem ser artérias,
Doando-se ao coração.


Toque meus lábios carentes,
Depois da longa espera.
Seja o veneno indicado,
Para entorpecer a fera.
Antídoto a acordar-se,
Reinando sobre o meu corpo.
Como a coroa de um rei,
Mesmo quando absorto.


Mostra-me como se sente,
Liberdade no abandono.
Abrace os meus fantasmas,
Que acalantam meus sonhos
Envoltos em cicatrizes
Para ninar os meus medos;
No gélido frio de inverno,
Que adormece meus segredos.

Solidão, com seu sorriso.
Faz-se, um amor eterno.
Como um objetivo,
Acasalado à razão.
Certa, errada, ou perfeita.
Puro prazer, sem suspeita.
Como se a flor do capim...
Fosse a rainha do chão.

Mari Cler.
11-11-08

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

UMA FLOR CHAMADA CRIANÇA

Cada detalhe da flor,
Não pode ser comparado.
Bem-me-quer, ou mal-me-quer,
Só assim pra ser contado.

Quando Deus deixa a criança,
Como um sonho florescer.
Não dá pra contar as pétalas,
É só mal ou bem-quere

Não importa o que falta,
Na nova flor que surgiu.
O que importa é a alegria,
De preencher um vazio.

Pais que abraçam deficiências,
Assumindo os filhos seus.
Nessa brava experiência,
São jardineiros de Deus.

E quando alguém abraça,
Criança jogada ao léu.
Mesmo estando aqui na terra,
É um jardineiro do céu.

As ações beneficentes,
E a inclusão social.
São exemplos de vitória,
Do bem, quando vence o mal.

Homem que sente alegria,
Quando abraça uma criança.
Palavra do Rei-dos-Reis,
Terá o céu como herança.

Se sente o mesmo prazer,
Quando abraça um deficiente.
Este homem é um ser,
Onde Deus se faz presente.

Se quando você nasceu,
Desabrochou flor perfeita.
Quem sabe Deus em você,
Designou a receita.

Da igualdade entre os homens,
Pra mostrar que as diferenças.
São doses mal partilhadas,
De amor, bondade e crença.

E quem sabe a humanidade,
Do pequeno exemplo seu.
Perceba que as diferenças,
São filhas do mesmo DEUS.

Mari Cler.
17-09-08

SONETO DE AMOR VIRTUAL

Amor será esse que hoje descobri.
Bem ou mal antigo, que foi descartado;
Ou coisa real, para o mal amado,
Que parece sonho, mas ta sempre aí.

É ele pintado de todas as cores,
Um mágico e-mail, que inspira “total”?
Pra identificar se é do bem ou do mal,
Ou um artifício, enfeitado com flores.

Aonde o beijo, pode ser trocado,
Sem sentir o hálito quente da boca.
Nem sentir o toque de lábios molhados.

Novidade, hoje é paixão virtual.
Como um manequim, da vitrine com a roupa...
Vai dar uma volta pra ser atual.

Mari Cler.
07-11-08

domingo, 19 de outubro de 2008

O MESMO OLHAR

Hoje eu queria ser bela,
Queria ser importante.
Queria ser primavera,
Com seu cheiro triunfante.
Quem sabe uma hortaliça...
Que sem ter dó nem preguiça,
Fosse na horta colher.
Já pensou que sorte a minha,
Se em meio há tanto verde,
Você fosse me escolher.
Quem sabe seria a fera,
Que depois de longa espera,
Sem receber visitantes.
Visse o zoológico cheio;
E devido às circunstâncias,
Perceberia à distância,
O mesmo olhar de antes.
Quem sabe seria um peixe...
Daqueles bem coloridos.
Que se algum dia pescasse,
Por prazer me libertasse,
Mesmo que eu fosse esquecido.
Quem sabe seria um pássaro...
Que viria logo cedo.
Pulando de galho em galho,
Sem procurar um atalho,
Que fosse guardar segredo.
Quem sabe seria o vento...
Para poder te abraçar.
Enlaçando-me em teu corpo,
Para deixá-lo absorto,
Ouvindo o meu cantar.

Queria ser pra você,
Alguém que vem pra ficar.
E quando enfim te encontrasse,
O meu amor te entregasse:
Sonhos pra vida encantar.
Mari Cler.
18-10-08

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

MARIA

De Maria toda a pureza
De Maria toda a beleza
De Maria toda a garra
De Maria todo o engenho
Toda a força, toda a raça
Maria que vem e que passa
Deixa outro sonho, Maria!

Eu quero falar Maria
De o teu sonho começar
Toda a hora, todo o dia
Deixa marcas ao passar
Quando falo em beleza
Fotografia pra quê?
Se até meu conto de fada
Quem encanta é você.

Até mesmo as chacotas
Sempre rimam com você
Até pra enfeitar os homens
Um João Maria se vê.
E firme lá vai MARIA
Homem, menina ou mulher
Junto ao mais lindo dos nomes
Acrescente o que quiser.


Mari Cler.
08-03-03

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SONETO DA INSPIRAÇÃO

É o amor, que enfeita a vida,
Renova as forças, traz esperança.
Um coração volta a ser criança,
Pois faz curar a velha ferida.

É o amor quem faz melodia,
Impregnar em cada palavra.
Quem pinta o sonho, a dor afaga,
E no sorriso põe alegria.

É quem no céu faz florir estrelas,
E faz a inspiração do poeta:
Ver colorido pra descrevê-las.

Enquanto o sonho dorme acordado,
A alma espera, sempre inquieta,
Que o amor possa: ser explicado...

Mari Cler.
13-04-05

MAIS UM DIA......

Houve um tempo
Em que eu pensava ser ágil
Como o salto de uma pantera.
Na conquista do sonho,
Que encantado nas palavras,
Revestia-se de melodia
Para enfeitar a vida,
Embrenhei-me.
Então cantei.

Houve um tempo
Em que pensava ser mártir
Como os que morrem de amor.
Da dor, fiz minha religião
E a cruz pesada,
__ ainda pequena demais
para suportar tantos pecados __,
abracei.
Então sofri.
Houve um tempo
Em que pensava ser esperança
Como o tenro germinar da semente.
O sonho revolto,que vacilante
Navegava dentro de mim,
Em busca da esperança
Para ancorar-se,
Naufragou.
Então perdi.

Hoje é tempo de querer,
Nada mais ter do que viver,
Para escrever uma poesia:
__ mais um dia...
__ mais um dia...
__ mais um dia...


Mari Cler.
05-05-08

DOR DE AMOR

Como vou te esquecer, meu amor;
Como andar na linha?
Que fazer com essa dor,
Se alguém me convenceu,
Que você me esqueceu,
E a dor é só minha?

Posso chorar de dor;
Posso sofrer de dor;
Posso gritar de dor;
Entenda quem puder...
Que sou uma mulher,
Sofrendo a dor do amor.

Mari Cler.
16-02-07

DIÁLOGO

Você chega
Me levanta
Me excita
Me encanta.
Tranca a porta à chave
Pra não deixar fugir minha alegria.
Liga o rádio
Pra não ouvir meus pensamentos.
Por pura sorte
É uma canção do momento.
Que me inspira a pintar
Uma nova poesia
Com o poder de homenageá-lo
Todo dia... todo dia... todo dia...

Mari Cler.
16-06-06

CREIA

Se a dor vem, crê... Que logo passa.
É só crer, que o sonho se realiza.
Creia que o amor, então... Se concretiza
A falta de crença atrai a desgraça.

Amar... Sempre foi, crer “à priori”.
Crer... É sentir... O que nunca se sente!
Saber esperar, o que se faz ausente.
É saber viver, sempre a Love Story.

Crer... É acreditar... Na vida radiante,
Da felicidade star logo adiante.
E nunca parar, mesmo quando os tropeços.

Mas se faltar forças, na árdua subida...
Muitos vão te empurrar, pra ajudar na “descida”...
E a crença então, se cumprir pelo avesso.

Mari Cler
20/04/06

AMOR

Ouço um gemido já desbotado
Então pergunto:o que é isso?
Alguém responde é o tal amor
Dá um estalo em minha cabeça
Que me contorce de medo e dor
Velho recado que diz esqueça.

Pólen maduro, mistério em versos
Fecundidade __ floresce gente
Sabe marcar até ao acaso
Brota e reduz até as urtigas
É desculpado mesmo no atraso
Pois sempre vem consertar as brigas.

“Se-faz” essência,vibra em meu ser
Mesmo aos vadios e aos doentios
Marcas, afagas, sonhos errantes
Vibra e ofuscas como um brilhante
Então machuca bem mais que antes
Como furtivo e encantado amante.

Você que na criação inteira
Foi um prelúdio, gleba fecunda
Fez macho, e fêmea, sem pôr anzóis
Fez mulher-mãe, homem-pai-marido
Com lindos sonhos bordou lençóis
Hoje parece um falso cupido.

Mari Cler.
20-05-01

FOTOSSÍNTESE AO LUAR

Quando o pássaro empreendeu seu vôo
Alegria ao cantar, semeou
Assim fez-se a voz da menina
Que ao brincar de esperança, inventou
Na mulher que não pôde voltar
De “tal sonho” _ que a sorte encantou.

Quando o pássaro cessou seu vôo
Até a noite, pôs-se a inventar
Inovando na forma e na cor
Novo Icaro para voar
Revestido em verde-clorofola
Recolhida à luz do luar.


Mari Cler.
31-05-08

ETERNA MÚSICA

E agora que não canto mais?
Te estendo minha mão
Se pousares teu olhar
Verás o meu coração
Como tela o pulsar
Extuoso a navegar
Entre as notas da canção

E agora que não canto mais?
Te oferto os olhos meus
Para em notas musicais
Ver sonhos ao som do adeus
Que talvez não voltem mais
Como o filho de Zeus
Sem poderes imortais.

E agora que não canto mais?
Te oferto o ar que respiro
Pra que possas perceber
Que o meu ultimo suspiro
Será em SI ou em DÓ
Para voltar a ser pó
Com o que mais admiro.

E agora que não canto mais?
Te ofereço a minha voz
Essa que entre meus filhos
Conseguiu se perpetuar
Minh’alma não te ofereço
Porque sem fim nem começo
A Deus vai glorificar.

Mari Cler.
07-06-05

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PÁGINAS DA VIDA

A vida é só momentos
Que fazem parte de um livro
Há histórias com suas chagas
Há outras dramatizadas
De lágrimas e sorrisos.

Há momentos engraçados
Sem importar se o palhaço
Está sorrindo ou não
Quando estende a mão
Procurando um abraço.

Há alguns momentos na vida
Em que é possível sonhar
Mas com o passar dos anos
Enganos e desenganos
Fazem os olhos chorar.

Há momentos de alegria
Outros momentos de dor
Há momentos de tristeza
Mas há outros de beleza
Que são ditos: de amor.

Há momentos de saudade
Há momentos de carinho
Há momentos de magia
Outros de melancolia
Quando sentir-se sozinho.

Há momentos que a alma
Viaja além do tempo
Como um barco que partiu
Ou como um velho navio
Rumo ao mar do esquecimento.

Há momentos que perduram
Por serem inesquecíveis
Mas há momentos que ficam
Por que se identificam
São esses os mais incríveis.

Há momentos e momentos
Impossível evitar
Do dia-a-dia são parte
Como uma obra de arte
Para a vida enfeitar.

Há momentos em que o sonho
Precisa ser esquecido
Então espera cansado
A passagem do passado
Pra esquecer de ter nascido.

Mas há momentos na vida
Que são um livro fechado
Páginas que após lacradas
Nunca mais serão lembradas
Fazem parte do passado.

Mari Cler.
16-07-06

UM GATO NA MASMORRA

Da minha vida só prezo
Algumas prioridades
Deus, que a vida criou
Filhos que o amor encantou
Pra gerar felicidade
E o modelo do pastor
Que a sua vida doou
Em prol da humanidade.

Faço parte de um rebanho
Que viaja no presente
Um futuro sem viseiras
Para encarar as barreiras
De preconceito doente
Que os valores escolta
A um labirinto sem volta
Dizendo cuidar da gente.

Tranquei-me numa masmorra
Para não ver a ameaça
De mesmo um manso gato
Poder assustar o rato
Que vive atrás da vidraça
Difícil é entender
Um tal jogo de poder
Se na vida tudo passa.
Mari Cler.
24-03-08

UM BRINDE AO SEU ANIVERSÁRIO

A vida é uma grande festa
Devemos comemorar
Cada ano festejamos
Se perdemos ou ganhamos
O importante é brindar.

A vida é uma grande festa
Brindemos cada vitória
Festejando a alegria
Que nos vem a cada dia
Para enfeitar nossa história.

A vida é uma grande festa
Um brinde à dificuldade
Que como prova secreta
Desafia à nova meta
Pra somar felicidade.

A vida é uma grande festa
Vamos brindar o amor
Seja grande ou pequeno
Com doçura ou com veneno
Cada um tem seu sabor.

A vida é uma grande festa
Quando a saudade é brindada
Se parte pode levar
Se chega é pra presentear
Ninguém leva ou deixa “nada”.

A vida é uma grande festa
Brindemos essa verdade
Pois quando alguém nos esquece
Ela sempre oferece
Uma nova amizade.

Quando se fala de vida
Brindar se faz necessário
Desculpe se não fui breve
Ou falei como se deve
Mas... Feliz Aniversário.
Mari Cler.
09-02-07

SONHO NEGRO

O sonho da noite
Faz nascer à flor
Que está adormecida
Num gesto de amor

Um Cântico lindo
De fazer ninar
Pra quem sabe o sonho
Se realizar.

Da vinha que brota
A seiva mais pura
O corpo embriaga
Parece loucura.

E a dança da fera
À luz dos faróis
Desperta a fera
Em meio aos lençóis.
Mari Cler.
19-07-01

UM BRINDE À ILUSÃO

Fugi de mim mesmo
E tranquei a porta
Pra esperança morta
Não me acompanhar.
Andei pelas ruas
Pelas avenidas
E uma nova vida
Pus-me a procurar.
Ouvi gargalhadas
Cheias de alegria
Pensei ser meu dia
E resolvi entrar.
Quando adentrei-me
Foi grande a surpresa
Por ver a tristeza
O amor brindar.
Homens que apostavam
Na vitória antes
__ vi sonhos errantes __
na mesa de um bar.
Vi até a saudade
Buscando a saída,
Por ser esquecida
E não ter mais lar.
Copos refletindo
Olhares no infinito,
Vestidos de Icaros
Para voar.
Nas asas do tempo
Levando um anzol,
Pra pescar o sol
E a cera, ficar.
Brindando a ilusão
De escalar a vida,
Como se a subida
Pudesse esperar:
A velha esperança
Dos peitos vazios,
Que como os rios
Não sabe voltar.

Mari Cler.
24-11-07

GOTAS DE AMOR...

Todas as expectativas se cumpriram
Quando empreendemos o nosso vôo.
Abraçados ao sonho,
Embarcados na esperança,
Rumo ao infinito.

Corpos ansiosos
Sonhos ardentes
Cúmplices do desejo
Na busca de novas descobertas.

Voamos até as nuvens
__ algodão doce dos anjos __
E untamos com essência
De sonho e de esperança
O arco-íres do sol
__ para quem sabe um dia
saciar junto à chuva
algum coração árido
com sede de amor.

Abençoados pela “graça”
Guardamos um raio de sol
__ para aquecer o coração do que ficasse
quando o outro cumprisse os dias.

Transpondo barreiras
Na viagem da paixão
Vimos o ápice do sonho
No nectário dos deuses
E colhemos seu licor;
Destilado na seiva
Do mais puro doce
Em favos de mel.

Nossa nave vestida de vento
Conseguiu pousar na lua
E nosso vôo
Ultrapassando os limites da consciência
Tornou-se ainda mais real.
Éramos dois astronautas
Entre sonhos e desejos
__ que flutuavam a nossa espera
como plumas soltas ao vento __
Para serem desvendados.

Era uma grande festa
E em meio aos convidados
__ todos vestidos de amor __
Havia também as fadas
Colhendo novas estrelas
Que encantavam, uma a uma
Na varinha de condão
Para distribuir na terra
Sonhando acalmar a fera
Viva,em cada coração.

Inebriados de alegria
Em meio à constelação
Que enfeitava o firmamento
Brincamos de esconde-esconde
__ ofuscados pela luz __
E o brilho do teu olhar
Se escondeu não sei aonde
Levando consigo o sonho
Da nossa nave de vento.

Quando nos reencontramos
Vi o brilho dos olhos meus
No brilho dos olhos teus
Formar a estrela mais linda
Maior presente da vida
O sonho “você e eu”
Nome: Marins Sinuhê
Foi o amor que escreveu.

Em meio a um clima instável
No furor das tempestades
Era comum sentir medo
Entre raios e trovões
E até a fúria do vento
As nossas mãos se buscavam
Mesmo que fosse em segredo
E então vinha a bonança
__ o renascer da esperança.

Até, certa vez presenteou-me
Com algumas gotas de chuva
E disse ser um presente
Pra não chorar a partida
Quando o mágico da vida
Desenhasse em nossa porta
Uma passagem de ida
Sem o caminho da volta.

Mesmo o melhor marujo
Pode um dia naufragar
E a vida é um mar
De inúmeras tempestades.

Foi num começo de tarde
Mais uma no mês de abril
Tinha sol, mas senti frio
Por ver rolarem ao chão
Sonhos bordados à mão
Como algo sem importância.

E por crime de esperança
Um amor sendo julgado
Sem nenhum advogado
Que defendesse o réu
Mas nós dois sempre soubemos
Que o grande amor que vivemos
Era pra enfeitar o céu
__ sustentáculo do homem
caminho da esperança
morada da felicidade
essência pura da matéria
que constitui o amor.

Mari Cler.
31-10-07

FOTÓGRAFO DE SONHOS

E viva a poesia!
Auge da fotografia.
Colorir a vida
Com mãos de poeta,
Parece às vezes
Ser contradição.
Se, enquadra ao longe!
Vê fora de foco,
E veste a alegria
De pura ilusão.
Às vezes de perto, mas atrás da porta,
Ouve as batidas, de um coração.
E pelas frestas da fechadura,
Fica a espiar com a lente na mão.
Então o retrato perde a nitidez.
Mas abre as janelas para o infinito,
Lembra ser poeta, e tenta outra vez...
Fotografa a vida em forma de sonho,
De um velho sonho que já se desfez.
Com puro sabor de recordação
Cheiro de amor e cor de paixão.

Assim a alegria vai continuar,
Sempre que alguém quiser fotografar,
Os diversos ângulos que tem à mão
Pra deixar gravada a sua impressão
Colorindo sonhos, suspensos no ar.

Mari Cler.
27-11-05

BANQUETE DE SONHOS

Te dei um banquete, de sonhos dourados.
E como entrada, um sorriso servi.
Prato principal, rodeado de pecados;
Com todas as marcas, do que já perdi.
Em meio aos quitutes, no centro da mesa;
Vi meu coração, sôfrego a palpitar.
Nas taças brilhantes, cheias de esperança;
A felicidade, estava a borbulhar.
E atrás da mesa, eu via teu olho.
Quis dar-te os meus, pra tentar compensar.
Os dois coloridos, com vestes brilhantes;
Pra atiçar desejo, de você me amar.

Os sonhos secaram, sorriso apagou
De puro pecado a marca que ficou.
O meu coração explodiu, de tristeza;
E a felicidade, se evaporou.
Só vi o teu olho, ele não viu os meus
E o colorido do amor que senti
Ficou salpicado, com marcas de adeus.

Mari Cler.
06-06-01

FORTALEZA DO SONHO

O amor é o mais sublime
Dos dons que habita o ser
Se alguém tentar descrevê-lo
Sem conhecer seu desvelo
Não se fará entender.

O amor não é matéria
Nem é perfume ou incenso
Nem mesmo é uma idéia
Que se expõe à platéia
Pra se chegar a um consenso.

O amor não é definido
No dicionário em verbete
E nem deve ser usado
Por amante descuidado
Como se fosse um lembrete.

O amor é um presente
Maravilha adormecida
Para despertá-lo ou não
Só a voz do coração
Quando pode ser ouvida.

Paulo escreveu aos Coríntios
Para ensinar caridade
Remédio do bom pastor
Que receitou o amor
Pra salvar a humanidade.

O amor foi condecorado
Para auxiliar na vitória
De quem sem mesmo entendê-lo
Teve o prazer de vivê-lo
Para escrever uma história.

Não existe performance
Em premissa ou pensamento
Nem da Torre de Babel
E nem de Papai Noel
Do amor por um momento.

Se vives um grande amor
Deixe que a vida o defina
Pois ele é a fortaleza
Do sonho envolto em beleza
Que nem a morte termina.

Mari Cler.
04-12-07

porquê poesia?

Perdi o dom de cantar
E pensei ser o meu fim
Senti meu corpo sofrido
Lutando pra ser ouvido
E olhei pra dentro de mim.
Vislumbrei em meio à dor
Um coração que gemia

Porque a voz tinha partido
E entendi no seu gemido
Poesia...
poesia...
poesia...
Mari Cler.28-02-07